As hérnias epigástricas geralmente são percebidas como abaulamentos ou "caroços" que surgem na linha média do abdomen, acima da cicatriz umbilical.
De um modo geral, são hérnias pequenas, logo no início, tendo como seu conteúdo apenas a gordura da parede abdominal. Hernias não tratadas e neglicenciadas, permitem a passagem de um órgão ou parte de um órgão da cavidade abdominal por estes orifícios.
Este tipo de hérnia é mais comum no género masculino numa razão de 3 para 1 e a sua incidência é baixa, afetando menos de 1% da população adulta. Embora habitualmente a fraqueza desta porção da parede abdominal se apresente desde o nascimento, o surgimento da hérnia propriamente dita, desenvolve-se na idade adulta, decorrente do estilo de vida e dos afazeres habituais como levantamento de objetos pesados, tosse, obstipação ou excesso de peso, o que leva ao aumento da pressão dentro do abdomen.
O diagnóstico é dado por um cirurgião especialista apenas com o exame fisico durante a consulta. Em casos onde há dúvida sobre o diagnóstico, exames como Ultrassonografia da Parede Abdominal ou Tomografia Computadorizada do abdomen podem ser necessário.
O único tratamento possível para este tipo de hérnia é o cirurgico, que pode ser executado de forma convencional, com uma incisão de tamanho variável, a depender do tamanho da hérnia na região mediana do abdomen em cima da cicatriz umbilical, com ou sem colocação de tela de reforço. Outra opção é a cirurgia minimamente invasiva, realizada através de pequenos portais ( de 5 a 10 mm ) em um dos lados do abdomen, onde se tem um resultado estético melhor, menor índice de complicações de parede abdominal, e retorno mais precoce ás atividades habituais.
Pacientes portadores de doenças graves ou descompensadas, devem ter seus casos analisados cuidadosamente, considerando os riscos e benefícios, com a possibilidade de acompanhamento sem cirurgia.
Na maior parte dos casos, os pacientes podem retomar a sua atividade normalmente ao fim de 2 a 4 semanas. Na fase inicial, convém evitar esforços que provoquem um aumento da pressão abdominal, como tossir, espirrar, chorar, vomitar, movimentos súbitos e esforços durante a defecação.