As hérnias epigástricas se manifestam como abaulamentos ou pequenos "caroços" localizados na linha média do abdômen, acima do umbigo (região epigástrica).
Inicialmente, são hérnias de pequeno tamanho, contendo apenas gordura da parede abdominal. No entanto, quando não tratadas, podem evoluir e permitir a protrusão de órgãos intra-abdominais, como alças intestinais ou epíplon.
Quem é mais afetado?
Esse tipo de hérnia é mais comum em homens, com uma incidência de aproximadamente 3 casos em homens para cada 1 em mulheres, e afeta menos de 1% da população adulta.
Apesar de a fragilidade na parede abdominal estar frequentemente presente desde o nascimento, o surgimento da hérnia ocorre geralmente na idade adulta, devido a fatores que aumentam a pressão intra-abdominal, como:
- Levantamento de peso
- Tosse crônica
- Constipação (obstipação)
- Excesso de peso
- Esforços repetitivos
Diagnóstico
O diagnóstico costuma ser clínico, realizado por um cirurgião especialista durante a consulta médica, por meio de exame físico.
Em casos de dúvida diagnóstica ou hérnias pequenas e pouco evidentes, podem ser solicitados exames complementares, como:
- Ultrassonografia da parede abdominal
- Tomografia computadorizada do abdômen
Tratamento
O único tratamento definitivo para hérnias epigástricas é cirúrgico.
Existem duas abordagens principais:
- Cirurgia convencional (aberta)
Realizada por uma incisão na linha média do abdômen, com ou sem o uso de tela de reforço, dependendo do tamanho da hérnia.
- Cirurgia minimamente invasiva (laparoscópica ou robótica)
Realizada por meio de pequenos portais (de 5 a 10 mm) nas laterais do abdômen ou na "linha do biquini", sendo associada a:
- Melhor resultado estético
- Menor índice de complicações da parede
- Retorno mais precoce às atividades habituais
Cuidados especiais
Pacientes com doenças graves ou descompensadas devem ser avaliados individualmente. Em algumas situações, pode-se optar por apenas acompanhar a hérnia, considerando riscos e benefícios da cirurgia.
Recuperação
Na maioria dos casos, o paciente pode retomar suas atividades habituais entre 2 a 4 semanas após a cirurgia. No entanto, é essencial evitar, nas primeiras semanas:
- Tosse intensa
- Espirros forçados
- Vômitos
- Esforço para evacuar
- Movimentos bruscos ou levantamento de peso